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Coronavírus: core-sc adere ao movimento 'reage sc'

Data de Publicação: 26 de março de 2020


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Mais de 50 entidades e associações civis de Santa Catarina enviaram um documento ao governador Carlos Moisés. O movimento “Reage SC“ tem por objetivo proteger vidas, retomando a atividade econômica produtiva no Estado. O posicionamento do grupo destaca que a ameaça do coronavírus não é apenas social, mas também econômica. Em carta aberta ao governador Carlos Moisés, o movimento reconhece os esforços públicos na contenção da pandemia. Entretanto, reivindica uma retomada rápida da atividade econômica, considerando o “enorme impacto humanitário e social de uma recessão econômica profunda”. De acordo com o documento, isso afetaria “principalmente os segmentos mais vulneráveis da população. Alerta para o prejuízo face aos “milhões de empregos e milhares de empresas” que vão sucumbir diante das restrições, mas aponta medidas que poderiam amenizar essa crise. A principal é iniciar imediatamente a retomada da atividade econômica formando um comitê, que incluiria lideranças empresarias. O objetivo é iniciar essa retomada a partir do dia 30 deste mês de março. Quarentena e isolamento seriam limitados aos grupos de risco, liberando parte da força de trabalho e priorizando, quando possível, o home office. O movimento sugere ainda que as empresas possam operar com horário ampliado, para evitar aglomerações.

Confira abaixo o documento na íntegra e a lista completa de entidades:

Ao Senhor

CARLOS MOISÉS DA SILVA

Excelentíssimo Governador do Estado de Santa Catarina Nesta Capital

Senhor Governador,

Florianópolis, SC, 25 de março de 2020.

É consolidado o conhecimento que a pandemia provocada pela COVID-19 tem demonstrado uma capacidade de contaminação incomensurável, inclusive para o setor produtivo mundial, o que não diferentemente se observa em nosso estado.

Notadamente, são louváveis todos os esforços envidados por esse governo no sentido de contenção da pandemia e preservação do todo.

Recentemente, não somente empresários, mas médicos, tem se manifestado no sentido de uma condução mais reconciliatória na retomada rápida da atividade econômica com a minimização do risco associado com a epidemia de Covid-19.

Muito tem sido discutido e proposto em relação ao manejo da pandemia de Covid-19 focando em isolamento social, quarentena, fechamento em massa de empresas e negócios, uma virtual parada da atividade econômica.

Frequentemente esta discussão é colocada de forma bastante simplista, “basta ficar em casa” e “salvar vidas é mais importante do que a economia”. Isto desconsidera o enorme impacto humanitário e social de uma recessão econômica profunda, que afeta principalmente os segmentos mais vulneráveis da população.

Logo, não há que se negar a existência de nítidas evidências científicas claras de que recessão em países em desenvolvimento, e mesmo em países desenvolvido, aumenta a mortalidade em geral, novamente, em especial nos grupos sociais e economicamente mais vulneráveis.

Ainda, é importante destacar que há tanto uma baixa capacidade de oferta de liquidez às empresas, tendo em vista a condição fiscal dos governos estadual e federal; quanto um possível agravamento do quadro fiscal tendo em vista a queda na arrecadação pelo prolongamento do isolamento e quarentena.

É urgente, portanto, registrar a nossa máxima preocupação em face aos milhões de empregos e milhares de empresas que estarão sucumbindo diante da intensa restrição de convívio social, o que, em nosso entender, pode-se amenizar com algumas das considerações que registramos abaixo:

a) Iniciar imediatamente o planejamento da retomada da atividade econômica, formando um comitê que inclua lideranças empresarias, com objetivo de que a reabertura gradativa aconteça a partir do dia 30/03/2020.
b) Destravar gradativamente os segmentos do setor produtivo para evitar um colapso econômico e social sem precedentes;c) Focar estratégia de quarentena e isolamento para os grupos de risco, liberando parte da força de trabalho para retorno às atividades, priorizando, quando possível, o home office; d) Permitir que as empresas operem com horário ampliado, para evitar aglomerações e possam distribuir os atendimentos;e) Determinar o funcionamento das indústrias, do comércio e de serviços, mesmo que seja em regime de escalas com suas equipes alternadas caso o setor produtivo tenha essa possibilidade (adequando a cada tipo de segmento);
f) Determinar que os segmentos de serviços, comércio varejista e atacadista, que mantenham o controle de acesso dos clientes respeitando as distâncias mínimas e fornecendo meios para a higienização dos colaboradores e clientes;g) Fornecer equipamentos de proteção para os colaboradores de vendas, produção e entrega, os quais possam, de alguma forma ter contato com outras pessoas;
h) Garantir aos colaboradores que se enquadram no grupo de risco fiquem de quarentena;i) Retorno de atendimento mínimos em todas os órgãos da administração pública direta;
j) Criação de canais de atendimento via whatsapp, telefone e e-mail por parte de todos os órgãos estaduais, para recebimento de documentos e solicitações, com atendimento imediato, maximizando a automatização dos processos e a digitalização do governo;
k) Veto de qualquer legislação que controle preços de mercado, por compreender que resultam inevitavelmente em redução de oferta e escassez de produtos essenciais, bem como que são inválidos por inconstitucionalidade;
l) Possibilidade de retirada de produtos no local, através e sistema de drive-thru ou outro ponto no estabelecimento;
m) Campanhas publicitárias de conscientização sobre a necessidade de retomada econômica e de minimização do medo de sair de casa incutido na população pelo momento pandêmico atual, proporcionando que as populações de baixo risco voltem a circular e viver suas vidas de maneira mais próxima do normal.

MOVIMENTO DE ENTIDADES REAGE SC

Entende-se também que medidas para acréscimo da capacidade do sistema de saúde do Estado de Santa Catarina se fazem urgentes, de maneira a contribuir com a flexibilização nas medidas de isolamento social.

Por fim, entendemos que, juntos, podemos seguir mantendo o Pulso de Santa Catarina, protegendo vidas, retomando a atividade econômica produtiva e buscando um futuro para o nosso pujante estado catarinense.

Agradecemos antecipadamente a vossa sensível atenção e pronto atendimento ao presente pleito, cujas organizações signatárias manifestam.

Atenciosamente,

MOVIMENTO DE ENTIDADES REAGE SC

ABRAPE – Associação Brasileira de Promotores de Eventos
ABRASEL – SC
ACATE – Associação Catarinenses de Tecnologia
ACATS – Associação Catarinense de Supermercados
ACEPA/CDL – Associação Comercial e Empresarial de Palma Sola
ACIB – Associação Empresarial de Blumenau
ACIBIG – Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu
ACIC -Associação Comercial e Industrial de Chapecó
ACIC – Associação Empresarial de Canoinhas
ACIC – Associação Empresarial de Criciúma
ACID – Associação Comercial e Industrial de Descanso
ACIF – Associação Empresarial De Florianópolis
ACIG – Associação Empresarial de Gaspar
ACII – Associação Comercial e Industrial de Itajaí
ACIIO – Associação do Comércio e Indústria de Iporã do Oeste
ACITA – Associação Comercial e Industrial de Itá
ACIL – Associação Comercial e Industrial de Lages
ACIM – Associação Empresarial de Mondaí
ACIP – Associação Comercial e Industrial de Palmitos
ACIP – Associação Empresarial de Palhoça
ACIP – Associação Empresarial de Pomerode
ACIP – Associação Comercial e Industrial de Pinhalzinho
ACIPG – Associação Empresarial de Presidente Getúlio
ACIRS – Associação Empresarial de Rio do Sul
ACISA-CP – Associação Comercial e Industrial de Cunha Porã
ACIS – Associação Comercial e Industrial de Seara
ACIS – Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho
ACISJO – Associação Comercial e Industrial de São João do Oeste
ACISMO – Associação Empresarial de São Miguel do Oeste
ACIT – Associação Comercial e Industrial de Tijucas
ACITC – Associação Comercial e Industrial de Trombudo Central
ACIUR – Associação Empresarial de Urubici
ACIX – Associação Comercial e Industrial de Xavantina
ACIVALE – Braço do Norte
ADVB – SC
ADAC – Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses
AE – Associação Empresarial de Maravilha
AEA – Associação Empresarial de Agrolândia
AEMFLO – CDL / SÃO JOSÉ
AECF – Associação Empresarial de Coronel Freitas
AMI – Associação do Município de Iraceminha
ASSEMIT – Associação dos Empresários de Itapiranga
AVIP – Associação Visite Pomerode
CDL – FLORIANÓPOLIS
CDL – CHAPECÓ
CEC – Centro Empresarial de Chapecó
CORE-SC - Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado de Santa Catarina
FACISC – Federação das Associações Empresariais de SC
FECOMERCIO – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina
FORTUR – Fórum de Turismo de Florianópolis
FLORIPA SUSTENTÁVEL
SEBRAE – SC

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